A sinfonia nº 9 em ré menor, op. 125, "Coral", é a última sinfonia completa composta por Ludwig van Beethoven. Completada em 1824, a sinfonia coral mais conhecida como Nona Sinfonia é uma das obras mais conhecidas do repertório ocidental, considerada tanto ícone quanto predecessora da música romântica, e uma das grandes obras-primas de Beethoven.
A nona sinfonia de Beethoven incorpora parte do poema An die Freude ("À Alegria"), uma ode escrita por Friedrich Schiller, com o texto cantado por solistas e um coro em seu último movimento. Foi o primeiro exemplo de um compositor importante que tenha se utilizado da voz humana com o mesmo destaque que os instrumentos, numa sinfonia, criando assim uma obra de grande alcance, que deu o tom para a forma sinfônica que viria a ser adotada pelos compositores românticos.
A sinfonia nº 9 tem um papel cultural de extema relevância no mundo atual. Em especial, a música do último movimento, chamado informalmente de "Ode à Alegria", foi rearranjada por Herbert von Karajan para se tornar o hino da União Européia. Outra prova de sua importância na cultura atual foi o valor de 3,3 milhões de dólares atingido pela venda de um dos seus manuscritos originais, feita em 2003pela Sotheby's, de Londres. Segundo o chefe do departamento de manuscritos da Sotheby's à época, Stephen Roe, a sinfonia "é um dos maiores feitos do homem, ao lado do Hamlet e do Rei Lear de Shakespeare".
Foi apresentada pela primeira vez em 7 de maio de 1824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. O regente foi Michael Umlauf, diretor musical do teatro, e Beethoven - dissuadido da regência pelo estágio avançado de sua surdez - teve direito a um lugar especial nopalco, junto ao maestro.
Vai abaixo um arranjo para Violão e Guitarra!
Aqui é o manuscrito original de uma parte da 9 sinfonia
- Letra da 9ª Sinfonia de Beethoven em português
- (Lembre-se que este é o hino oficial da União Européia!)
- Ó, amigos, mudemos de tom!
- Entoemos algo mais prazeroso
- E mais alegre!
- Alegria, formosa centelha divina,
- Filha do Elíseo,
- Ébrios de fogo entramos
- Em teu santuário celeste!
- Tua magia volta a unir
- O que o costume rigorosamente dividiu.
- Todos os homens se irmanam
- Ali onde teu doce vôo se detém.
- Quem já conseguiu o maior tesouro
- De ser o amigo de um amigo,
- Quem já conquistou uma mulher amável
- Rejubile-se conosco!
- Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,
- Uma única em todo o mundo.
- Mas aquele que falhou nisso
- Que fique chorando sozinho!
- Alegria bebem todos os seres
- No seio da Natureza:
- Todos os bons, todos os maus,
- Seguem seu rastro de rosas.
- Ela nos deu beijos e vinho e
- Um amigo leal até a morte;
- Deu força para a vida aos mais humildes
- E ao querubim que se ergue diante de Deus!
- Alegremente, como seus sóis voem
- Através do esplêndido espaço celeste
- Se expressem, irmãos, em seus caminhos,
- Alegremente como o herói diante da vitória.
- Abracem-se milhões!
- Enviem este beijo para todo o mundo!
- Irmãos, além do céu estrelado
- Mora um Pai Amado.
- Milhões se deprimem diante Dele?
- Mundo, você percebe seu Criador?
- Procure-o mais acima do Céu estrelado!
- Sobre as estrelas onde Ele mora!
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